Gestão Econômico-Financeira
Conheça as estratégias, visão de futuro
e a gestão econômico-financeira do Centro.

Gestão da estratégia e visão de futuro

GRI 3-3

O planejamento estratégico do Cepel foi concluído em 2021 com apoio da FGV e identificou 11 projetos, que visam o aprimoramento da estrutura, da gestão e dos processos, bem como a modernização da infraestrutura e valorização das pessoas, de forma a transformar o Cepel em uma organização mais ágil e apta a desempenhar suas competências e, consequentemente, ampliar as condições de sustentabilidade institucional. A gestão da estratégia segue diretrizes de acordo com o nível de competência de cada colegiado, definidas pela Assembleia Geral, pelo Conselho Deliberativo e pela Diretoria Executiva.

Um importante aliado nessas ações mais efetivas sobre as estratégias de futuro é o Departamento de Negócios e Inovação (DNI), criado em 2022 e ligado à Diretoria Geral. Com o DNI como órgão que impulsiona as ideias e informações que vem dos clientes e dos empregados e as estratégias apontadas pelos órgãos colegiados da Administração do Cepel, a intenção é prever, acompanhar e analisar tendências e desenvolver produtos que atendam às modernizações do mercado, da regulação e da tecnologia no setor elétrico. Saber gerir essa estratégia e como traduzir essas tendências em produtos e pesquisas é a chave do sucesso para manter o Centro moderno e atraente ao mercado e é essencial para orientar as novas pesquisas desenvolvidas pelo Cepel.

Os recursos investidos na empresa vêm, principalmente, das contribuições associativas de seus associados fundadores e demais associados, da prestação de serviços tecnológicos e da comercialização de soluções tecnológicas desenvolvidas pelo Cepel, que detém a propriedade intelectual.

Para garantir sustentabilidade empresarial do Centro, foram realizadas várias ações para implementação de diretrizes do planejamento estratégico, como: estreitamento de relações com empresas do setor para aumentar o número de projetos de P&D; revisão do Estatuto Social e do modelo de governança; revisão da estrutura e das políticas organizacionais; revisão do pacote de normas e procedimentos; revisão dos processos de apropriação de custos e receitas; revisão do Regulamento de Licitações; implantação da área de negócios; estabelecimento de parcerias estratégicas; criação do PDTI – Plano de Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação; renovação do parque de computadores; implantação de cloud computing; programa de desenvolvimento de pessoas e lideranças; programa de modernização dos laboratórios e benchmarking para precificação de produtos e serviços.

Em sua estratégia de comunicação próxima e transparente, o Cepel conta com uma Ouvidoria e um Canal de Denúncias, em parceria com a Eletrobras, estimulando que os clientes e tomadores de serviço respondam questionários de avaliação. Empregados, associados e clientes têm total liberdade para apresentar críticas, queixas e sugestões diretamente às áreas técnicas e ao DNI, com possibilidade de contato diretamente com os Diretores. Hoje, o Diretor Geral oferece semanalmente um horário para uma conversa particular com qualquer colaborador, possibilitando a partilha de sugestões, críticas e dúvidas e para conhecerem mais profundamente as iniciativas da Diretoria para o futuro do Cepel.

Gestão Econômico-financeira (Exercício de 2022)

Os resultados financeiros positivos do CEPEL, apresentados nos últimos anos, são resultados de um trabalho de controle e acompanhamento contínuo dos custos e receitas, adequação e aprimoramento dos processos e busca permanente por crescimento das receitas consideradas não estatutárias, principalmente na prestação de serviços.

As receitas contemplam as contribuições dos seus Associados Fundadores, dos Associados Especiais, de Convênios, de Prestação de Serviços, dentre outras, apresentando no exercício o incremento de R$ 48,8 MM.

O montante referente às contribuições estatutárias dos associados Fundadores e Especiais, correspondeu, no ano de 2022, a 80% da Receita Operacional Líquida. Destacam-se as inclusões de dois novos Associados Especiais no quadro associativo: EPE e Norte Energia.

Os aportes dos Associados Fundadores tiveram um acréscimo da ordem de R$ 33 milhões neste exercício, resultado da aplicação da Lei 14.182/2021, que dispõe sobre a desestatização da Eletrobras, e que estabelece as regras dos repasses entre os anos de 2022 e 2027, tendo como base o valor aportado no ano de 2019, corrigido pelo IPCA. Tais aportes sofrerão redução, anualmente, da ordem de 16,7%.

Já as receitas não estatutárias tiveram um crescimento considerável, onde podemos destacar o montante de R$ 7,9 MM em projetos com a Petrobras e o incremento de R$ 6,9 MM nas receitas de prestações de serviços. Esses resultados refletem uma política de aproximação com os Associados, ampliação da carteira de clientes e da taxa de ocupação dos laboratórios, mudança na metodologia de precificação e a busca por novas parcerias, no rumo da consolidação de uma autonomia financeira.

No último ano, nossa Receita Operacional Líquida (ROL) foi de R$ 257,8 milhões, enquanto nossas despesas operacionais foram de aproximadamente R$ 245,4 milhões, gerando um Resultado Financeiro em torno de R$ 14,1 e um superávit anual de R$ 26,5 milhões comparável ao resultado do período anterior, que foi de R$ 25,8 milhões.

Destacamos que o Centro é uma associação, uma instituição privada sem fins lucrativos, portanto o seu desempenho não pode ser analisado com base, somente, nos resultados financeiros crescentes, pois esse foco não representa a essência de uma associação, mas sim a busca de um equilíbrio entre custos e receitas para atingir suas metas de autonomia financeira.

Em relação às Despesas Operacionais, destacamos que o ano de 2022 apresentou um acréscimo de 36,8% (R$ 42 MM) em despesas com pessoal permanente devido a fatores como: provisão para o equacionamento de déficit de 2021 do Plano de Previdência Complementar junto à Fundação Eletros (R$ 11,5 MM); quitação de contribuição complementar decorrentes dos processos de migração dos Planos Previdenciários de Benefício Definido (BD) e de Contribuição Variável (CD) para o Plano Previdenciário de Contribuição Definida (CD I), lançados em novembro de 2021 e concluídos em junho de 2022; custos com a atualização atuarial dos Planos de Equacionamento de Déficits dos anos de 2013, 2015 e 2020 ; custos com desligamentos de empregados conforme previsto no Acordo Coletivo de Trabalho para o biênio de 2022/2024 (R$ 4,7 MM); e o aumento de R$ 3,8 MM nas despesas médicas, por fatores não gerenciais, como eventos de hospitalização de alta complexidade.

Podemos destacar, também, a cobrança por parte da Eletrobras de despesas com o Sistema Integrado de Gestão – SAP, desde a sua implantação em 2018, que contribuiu para o aumento de 23,8% na rubrica de serviços de terceiros.

A elevada inflação do período, medida pelo IPCA, principal indicador de correção dos contratos de serviços de terceiros e das despesas gerais, também foi um fator importante no crescimento das despesas, ocasionando em maio/2022, principal data base dos acordos coletivos de trabalho, o reajuste de 12,13% nas tabelas salariais.

Já o aumento das despesas tributárias é decorrente do recolhimento de impostos sobre resultado das aplicações financeiras, também impactadas pela alta de juros.

Portanto, como podemos depreender das análises, o crescimento das despesas se deu, principalmente, por eventos não recorrentes.

Veja mais nas Demonstrações Financeiras do CEPEL, onde é possível acessar, de forma mais detalhada, as informações patrimoniais e de resultado do Centro.